Olhando atentamente a mim mesmo

Sentindo os aromas jamais sentidos

Das dificuldades desistidas

Dos sentimentos desiludidos

Caminhando cabisbaixo

De um olhar amargurado

Continuo caminhando desolado

O medo que me consome

O anseio que me desarma

O olhar que eu apaixonava

Sozinho, tenho que caminhar

De um motivo tenho que te falar

Creio que cansei de te amar

Amigos, pessoas que gostamos

Entendemos e falamos

Estendemos a mão

Entregamos de coração

Irmão de consideração

Historias vividas, vidas compartilhadas

A eles entregamos a confiança

Dos segredos revelados, a segredos guardados

Assim são eles, fácil de entender

Difícil de esquecer

Muita coisa vem à cabeça

Assim que entendemos

Não sabendo como a amizade começa

Utilizamos daquilo que mais fazemos

.
.
.
Que é junto apenas nos entendemos

Olhando as felicidades diante de minha pessoa

Recordo das tristezas passadas e veneradas

Com as lagrimas que brotam de mim

Escondo em minha garganta o choro querubim

Olhando pra você, com o rosto lavado

A alma machucada, o sentimento acabado

Vejo você, e coloco em meu rosto

As mascaras da felicidade

A falsidade no aperto de mão

A mentira no meu sorriso

A sinceridade da saudade

A verdade da tristeza

Olhando pra você, das magoas passadas

Fingindo que nada aconteceu

Imaginando eu tudo se resolveu

Penso em você

Com o sentimento que nunca desapareceu

Nos dias frios e tardios

Em que o sol não quer aparecer

Nos ventos gelados, que custam amanhecer

Sou eu assim, sozinho sem você

Nas noites sóbrias de luzes fulgores

Na imaginação medonha das noites de terrores

Na vida sozinha a procura de um carinho

Sou eu assim, não querendo estar sozinho

Imaginando estar ao seu alcance

Nas alegrias de vê-la de relance

Poder então poder pegar em sua mão

 Olhar para trás e ver que nada foi em vão

E então perceber

Que sou eu assim, querendo você